A seis meses da minha partida começo a pensar mais nas
dificuldades que vou encontrar do que nas descobertas depois de cada curva, em
cada curva existe uma possibilidade de algo novo ou apenas uma curva que
direcionara para outro rumo, uma nova rota. Enfim! O que se passa na cabeça de
alguém acostumado a dormir em baixo do seu próprio teto, sem sentir frio porque
há um cobertor do lado para cobri-se, sem sentir fome. Mas na verdade todo esse
simplíssimo conforto entedia-me, a sombra e o conforto endurece e entedia o
espírito do homem. Tenho inteiramente consciência que vou passar por intensos
apuros, mas sei também das descobertas e desafios que irão me encher de
alegria. Já não é hora de sentir medo, o tempo engole os anos e a vida encurta
como um pavio em chamas, é preciso ser mais rápido ou pelo menos se aproximar
da velocidade com que a chama percorre o curto pavio. Quando eu partir será com
a convicção do novo tempero para o meu viver, uma nova fórmula para um novo
despontar de cada manhã. Eis onde começa um novo amanhã, em dezembro só olharei
para traz com o intuito de ver a estrada prolonga-se para traz. É hora de fazer
o próprio destino.
Dois passos
para liberdade, dois passos para uma loucura consciente.
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