Nietzsche

""Como é que se deve subir a encosta?" Simplesmente sobe e não penses nisso!" [Nietzsche]

Manoel de Barros

"Nasci para administrar o à-toa, o em vão, o inútil." [Manoel de Barros]

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Porto Alegre (16/02/2015)

Lembro que a 20 km de Porto Alegre parei em baixo de um viaduto até aconchegante, sentei em uma cadeira que havia lá abandonado pus os pés em cima da bike e enquanto os carros passavam em alta velocidade eu degustava pão com mortadela olhando para até onde as minhas pedaladas haviam me carregado.

Percorri quase 4000 km em 54 dias, passei pelas principais cidades turísticas do Brasil, me perdi, suei, teve semana que fiquei três dias seguidos sem tomar banho, soube economizar o máximo e cheguei em Porto Alegre ainda com R$ 5,00. Valeu a pena? Sim é Óbvio que valeu, foi algo que sempre quis fazer e quando chegou fiz bem feito. A próxima será ainda mais radical.

Vi o mar numa extensão maravilhosa, andei só e só eu soube caminhar por linha retas e tortas com uma percepção incrível, eu sempre soube onde estava, eu estava habitando-me novamente. Na estrada você abstrai o conceito de liberdade na mais pura autenticidade. Reduzir a distância de Sergipe ao Rio Grande do Sul a nada, minhas pedaladas foram das mais vorazes e no ritmo que andei rodaria o mundo em seis meses (risadas).

Para encerrar essa grande jornada a letra e a música da maior banda de todos os tempos para se ouvir na estrada e em qualquer lugar.




Concreto e Asfalto


Engenheiros do Hawaii


Se eu fosse embora agora
Será que você entenderia
Que há um tempo certo
Para tudo
Cedo ou tarde chega o dia
Se eu fosse sem dizer palavra
Será que você escutaria
O silêncio me dizendo que a culpa não foi sua
É que eu nasci com o pé na estrada
Com a cabeça lá na lua
Não vou ficar, não vou ficar
Fiz bandeira desses trapos devorei concreto e asfalto
Fiz bandeira desses trapos devorei concreto e asfalto
Tenho feito meu caminho
Volta e meia fico só
Reconheço meus defeitos
E o efeito dominó
Mas se eu ficasse ao seu lado
De nada adiantaria
Se eu fosse um cara diferente
Sabe lá como eu seria
Não vou ficar, não vou ficar
Fiz bandeira desses trapos devorei concreto e asfalto
Fiz bandeira desses trapos devorei concreto e asfalto
Fiz o meu caminho devorei concreto e asfalto
Fiz o meu caminho devorei concreto e asfalto

EU TENHO EM MENTE QUE QUANDO A GAIOLA É ABERTA UMA UNICA VEZ VOCÊ SERÁ LIVRE PARA SEMPRE. E DO NADA SURGE UM ANDARILHO PELA ESTRADA E ELE CAMINHA, CAMINHA, CAMINHA... ELES SÃO PÁSSAROS QUE VOAM COM OS PÉS.

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